Parentes de feridos e funcionários de hospitais levaram diversas pessoas em carros e ambulâncias para locais onde pudessem ser atendidas. "Não há problemas de comunicação, as equipes de socorro já foram enviadas a essas localidades. Os feridos estão nos hospitais", afirmou Erol ao canal NTV.
O tremor, que durou cerca de um minuto, ocorreu às 4h32 (23h32 de domingo, em Brasília) e acordou os moradores de Elazig. A província, situada sobre uma ativa falha sísmica na Anatólia Oriental, registrou mais de 40 réplicas - a mais forte com uma intensidade de 5,5. "Houve muito medo e pânico entre as pessoas. Todo mundo tentou fugir para a rua", comentou o correspondente da agência de notícias Dogan, Nursel Sengezer, à CNN turca.
Uma equipe da organização humanitária Crescente Vermelho está no local e já levantou 20 casas pré-fabricadas, 230 tendas e duas cozinhas de campanha para ajudar os turcos desabrigados. Para se proteger do rigoroso inverno, famílias acenderam fogueiras e passaram a noite em torno delas. Além do Crescente Vermelho, a polícia está nas áreas afetadas, cuidando da segurança.
Os terremotos ocorrem frequentemente na Turquia. A região da Anatólia, por exemplo, sofre anualmente cerca de dois mil tremores de terra. Entre os mais recentes, um abalo de magnitude 7,4 - em agosto de 1999 - deixou 18 mil mortos. Apenas três meses depois, outro sismo causou a morte de duas mil pessoas. No entanto, o pior abalo que se tem notícia no país ocorreu em 1939 e matou 33 mil turcos.
Tanto as autoridades quanto os especialistas alertam que o número de vítimas é alto porque muitas construções desabaram. As casas destruídas são erguidas comargila, material pouco resistente a terremotos e ainda mais frágil quando absorve neve.
Um relatório recente do Colégio de Engenheiros Civis turco divulgado pela agência de notícias espanhola EFE mostrou que um tremor intenso perto de Istambul, capital do país, poderia destruir milhares de construções e causar 150 mil mortes. O documento ressalta que vários edifícios com certificado de que são à prova de terremotos não resistiriam.
Diario de Pernambuco
